quinta-feira, 2 de abril de 2009

Marc Bloch e a barbárie da guerra

Carlo Ginzburg chamou a atenção para um aspecto crucial do livro Os reis taumaturgos: o fato de que foi marcado pela experiência da guerra, na qual Bloch viu a regressão a uma mentalidade "bárbara e irracional". No cotidiano da guerra, a censura promoveu um retorno da tradição oral, mãe antiga das lendas e dos mitos, que estaria na raiz da difusão do rito de cura das escrófulas. O presente proporcionou-lhe um olhar privilegiado sobre o passado, uma espécie de mergulho no inconsciente do homem, pois que segundo ele "aquilo que há de mais profundo em história poderia ser também aquilo que há de mais seguro".

3 comentários:

  1. Pois não seria o presente o que constrói o passado?

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  2. Pois é! A história é filha do seu tempo. Ela é feita a partir da indagação do presente sobre o passado.

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  3. Olá Prof. Adriana Romeiro,
    Em uma defesa de Mestrado um dos professores citou Jacques Revel como bibliografia imprescindível para se entender a micro-história. Ginzburg não seria um teórico do mesmo quilate ou superior a Revel?
    Um abraço!

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