As premissas teóricas que norteam o trabalho de Chartier ancoram-se na idéia de que o texto não mantém uma relação transparente com a realidade, constituindo-se antes como um sistema construído consoante categorias, esquemas de percepção e regras de funcionamento que estão na origem de suas condições de produção. Assim, todo texto é atravessado por determinações e configurações intelecuais que são próprias de sua época.
Quanto à realidade, ela não é o real, mas real é a maneira como ela é construída pelos textos, ou seja, o mundo como construção e representação. Segundo Chartier, "o real assume assim um novo sentido: aquilo que é real, efetivamente, não é a realidade visada pelo texto, mas a própria maneira como ele a cria, na historicidade de sua produção e na intencionalidade de sua escrita".
quinta-feira, 14 de maio de 2009
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